São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995 |
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Trilha atira para todos os lados, misturando soul, jazz e clássico
LUIZ ANTÔNIO RYFF
"Seven" atira para todos os lados indiscriminadamente. Peca pela falta de homogeneidade no repertório. Mas as músicas são ótimas e conseguem transmitir o clima chuvoso do filme. O disco mistura o jazz de Charlie Parker ("Now's The Time"), Thelonious Monk ("Straight. No Chaser") e Billie Holiday ("I cover The Waterfront") com outros gêneros. Entram o soul de Marvin Gaye, com "Trouble Man", o peso eletrônico do Gravity Kills em "Guilty" e até a manjadíssima "Suíte nº 3 em Dó Maior", de Bach -do repertório do compositor, provavelmente, é menos conhecida apenas do que "Jesus, Alegria dos Homens". Mas o samba do crioulo doido podia ser ainda pior. Na hora de selecionar as músicas da trilha, sensatamente optaram por deixar de fora "Closer" -metal-eletrônico do Nine Inch Nails- e "El Michoacano", interpretada por El Mariachi Tepalcatepec. Melhor assim, Bach e Trent Reznor (líder do Nine Inch Nails) no mesmo disco não dá. O disco abre com "In The Beginning", do grupo vocal The Statler Brothers -resgatado por Quentin Tarantino na trilha de "Tempo de Violência" com "Flowers On The Wall". Ainda há duas músicas escritas especialmente para "Seven" por Howard Shore, o mesmo que fez a trilha de "O Silêncio dos Inocentes". São composições climáticas. As sombrias "Portrait of Joe Doe" e "Suite from Seven" fecham o disco. Disco: Seven Artistas: Marvin Gaye, Thelonious Monk, Billie Holiday e outros Gravadora: Top Tape Quanto: R$ 18 (o CD, em média) Texto Anterior: Filme foi feito sem pretensões, diz diretor Próximo Texto: Deus reconhece nossas intenções Índice |
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