São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Deus reconhece nossas intenções

PAULO COELHO
COLUNISTA DA FOLHA

Compadecido com a pobreza do rabino Jusya, Ephraim colocava diariamente algumas moedas debaixo da sua porta.
E reparou que, quanto mais dava para Jusya, mais dinheiro ganhava.
Ephraim lembrou-se que o rabino Baer era mestre de Jusya. "Se sou bem recompensado ao dar para o discípulo, serei melhor ainda com o mestre."
Viajou para Mezritch e cobriu de presentes o rabino Baer.
A partir daí, sua vida piorou, e quase perdeu tudo que tinha. Intrigado, procurou Jusya e contou o ocorrido.
"É simples", disse Jusya. "Enquanto davas sem pensar em quem recebia, Deus também fazia o mesmo. Mas quando começaste a procurar gente ilustre para doações, Deus também fez o mesmo."

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