São Paulo, sexta-feira, 15 de dezembro de 1995
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Papa aprova Jerusalém como a capital de Israel, diz Leah Rabin

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A viúva do primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin, Leah, conseguiu ontem um importante aliado à reivindicação de Jerusalém como capital de seu país: o papa João Paulo 2º.
"Jerusalém tem um duplo papel, de capital de Israel e de capital das três religiões monoteístas", teria dito o papa, segundo Leah Rabin. O papa se referia ao judaísmo, ao cristianismo e ao islamismo, que têm em Jerusalém uma cidade sagrada.
A Autoridade Nacional Palestina quer que Israel devolva a parte leste da cidade, ocupada em 1967, na Guerra dos Seis Dias. A parte oriental de Jerusalém seria a capital de um futuro Estado palestino.
Já o governo de Israel defende oficialmente a transferência da capital de Tel Aviv para Jerusalém unificada.
A Igreja Católica nunca reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e até poucos anos atrás queria que a cidade tivesse um status especial, aberta a toda a humanidade.
Atualmente, o Vaticano pede a Israel apenas que permita a peregrinação de cristãos aos lugares sagrados. Leah Rabin admitiu que o comentário do papa (feito durante uma "conversa informal", segundo ela) pode trazer problemas políticos para João Paulo 2º.
Ela visitou o papa ontem, acompanhada de seus filhos, na biblioteca particular dos chefes da Igreja Católica. João Paulo 2º disse que o marido de Leah, assassinado no dia 4 de novembro, foi "um mártir da paz".

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