São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995
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Episódio reacende suspeitas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A doação de cerca de US$ 60 mil do Econômico ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) da Bahia, em 90, reacendeu a suspeita sobre as ações dos desembargadores baianos suspostamente ligados ao senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA).
O TRE baiano é um dos tribunais regionais mais problemáticos. Só nas eleições de 94, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebeu 56 recursos contestando decisões dos juízes da Bahia.
A maioria dos recursos contesta o fato de o TRE rejeitar quase que sistematicamente os pedidos de adversários políticos de ACM para investigações de atos eleitorais. Na eleição de 94, a condução do processo no Estado foi tão conturbada que exigiu a interferência do TSE.
Havia a suspeita da oposição a ACM de que as eleições seriam fraudadas, o que obrigou o então presidente do TSE, Sepúlveda Pertence, a mandar para Salvador o ministro-corregedor Cid Fláquer Scartezzini para atuar como observador, a pedido de Waldir Pires, candidato ao Senado pelo PSDB.
Waldeck Ornellas, candidato pefelista, ganhou de Pires por pouco mais de 3.000 votos. Pires pediu recontagem de votos ao TRE. O pedido foi negado. Na última terça-feira, o TSE determinou que o TRE baiano reexamine o pedido.

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