São Paulo, sábado, 16 de dezembro de 1995
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BC quer juro menor para pequena empresa

PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O presidente do Banco Central, Gustavo Loyola, afirmou ontem em Belo Horizonte (MG) que está examinando medidas que envolvem o compulsório dos bancos com o objetivo de ajudar a pequenas e médias empresas.
"Estamos examinando a possibilidade de, usando o compulsório dos bancos, baratear as operações de crédito e alongar o prazo das dívidas das empresas junto aos bancos", disse Loyola.
Segundo ele, o BC está atuando no sentido de conseguir maior redução das "taxas de juros ativas (as que são cobradas pelos bancos)", a fim de favorecer as empresas.
A intenção do governo, afirmou Loyola, é "trabalhar as taxas que são cobradas das empresas, seja por meio do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) ou dos compulsórios".
A afirmação do presidente do BC foi feita para 50 empresários durante a posse do Conselho de Política Econômica e Social da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais).
Após a palestra, ele não quis detalhar a medida. Segundo Loyola, esse anúncio "provavelmente" será feito na reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), marcada para a próxima semana.
"Não tem nada pronto. Só vão ficar sabendo pela metade mesmo. Na semana que vem será anunciado", disse aos jornalistas.
As declarações de Loyola reforçam o que o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Fernando Bezerra, disse na quinta. Segundo Bezerra, a próxima reunião do CMN flexibilizará a legislação dos compulsórios.
Loyola voltou a afirmar que os juros vão continuar em queda ao longo do próximo ano.
"96 vai ser o ano em que as empresas e o governo estarão mais conscientes das mudanças, já estarão maturando medidas tomadas em 95 em direção ao ajuste", afirmou Loyola.
"Ainda não será, talvez, o grande ano do deslanchar completo da economia. Será preciso esperar um pouco mais. Mas, certamente, será melhor do que 95", acrescentou.

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