São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Levitsky pode ter exagerado

DE WASHINGTON

O governo dos EUA havia autorizado seu embaixador em Brasília a defender a Raytheon, mas algumas autoridades em Washington acham que ele poderia ter formulado essa defesa de maneira que parecesse menos ameaçadora.
A importância do Sivam para a estratégia comercial da administração Clinton é indiscutível. O próprio presidente dos EUA participou do lobby a favor da Raytheon.
A pronta assistência do Eximbank para facilitar o financiamento do contrato do Brasil com a Raytheon, a agressiva ação do secretário do Comércio Ron Brown em favor da empresa e até a investigação feita pela CIA sobre as relações entre a Thomson (concorrente francesa) e autoridades brasileiras são outras mostras do empenho do governo dos EUA nesse caso.
Apesar disso, o Sivam não é a principal prioridade nas relações com o Brasil, do ponto de vista de Washington.
A questão da propriedade intelectual, ainda não resolvida é considerada muito mais importante. Se achar que é o caso, o governo dos EUA dispõe de outros canais, menos públicos e mais eficientes, para pressionar o do Brasil no caso Sivam.
Mas é pouco provável que esse assunto possa deteriorar muito as relações entre os dois países.

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