São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Definido curso que terá prova pós-faculdade

PAULO SILVA PINTO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O MEC (Ministério da Educação) já definiu seis cursos que podem estrear no próximo ano a avaliação ao final da universidade: engenharia civil, direito, administração, medicina, veterinária e odontologia.
Em janeiro vão ser escolhidos três desses seis cursos. Os alunos que se formarem nas três carreiras vão prestar um exame nacional.
Uma lei aprovada neste ano pelo Congresso torna a prova obrigatória. O resultado não vai influir na vida acadêmica do estudante. Mesmo se tirar zero, ele receberá o diploma.
O objetivo do MEC é usar o conjunto de resultados para avaliar os cursos universitários do país. Será um dos indicadores levados em conta no recredenciamento dos cursos a cada cinco anos -uma sucessão de maus resultados pode levar ao fechamento do curso.
Essas primeiras carreiras foram escolhidas por serem profissionalizantes, de áreas científicas diferentes (biológicas, humanas e exatas) e por serem os que mais concedem diplomas.
Os conselhos profissionais dessas categorias vão colaborar na concepção dos exames, segundo Maria Helena de Castro, secretária de Desenvolvimento e Avaliação Educacional do ministério.
Quando a proposta do exame nacional foi lançada, vários dos conselhos se manifestaram contra.
Segundo Maria Helena, direito é uma das áreas que tem mais chances de entrar na lista definitiva. "A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nos enviou um documento oficial solicitando que os formandos passem pelo exame no final de 96", disse ela.
Também em 96, o ministro Paulo Renato Souza (Educação) pretende implantar uma avaliação nacional no final do 2º grau.
A idéia é que o exame sirva de acesso às universidades, no lugar do vestibular, de modo voluntário -só para universidades e alunos que quiserem.

Texto Anterior: Quatro acidentes em estradas matam sete
Próximo Texto: Ministério lança hoje o primeiro atlas 'ecológico' do Brasil
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.