São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Renault quer fábrica longe de São Paulo

DA FOLHA VALE

A diretoria da Renault exige que sua primeira fábrica no país seja instalada em uma cidade com distância mínima de 150 km de São Paulo.
A exigência praticamente exclui as cidades do Vale do Paraíba -entre elas, São José dos Campos (97 km a nordeste de SP) e Taubaté (134 km a nordeste de SP)- dos planos da montadora francesa.
A informação foi dada pelo secretário de Ciência e Tecnologia do Estado, Emerson Kapaz.
Segundo ele, a restrição a cidades mais próximas de São Paulo foi imposta após uma avaliação técnica da consultoria contratada pela montadora francesa.
A Renault pretende investir US$ 1 bilhão na construção de sua primeira fábrica no país. A meta da empresa é produzir 100 mil carros por ano a partir de 1999.
Para atrair o investimento da montadora francesa, a prefeita de São José, Angela Guadagnin (PT), e o vice-prefeito da cidade, Edmundo Carlos de Carvalho (PSB), chegaram a viajar até a França.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José -filiado à CUT- também entrou na "disputa", promovendo campanha de arrecadação para viabilizar a viagem de diretores até a sede da empresa.
O coordenador do Fórum de Desenvolvimento de São José, Juarez Vasconcelos, disse que a cidade ainda pode conquistar os investimentos da Renault.
Ele afirmou que está preparando um relatório para a montadora, com respostas para cerca de 50 perguntas apresentadas pela consultoria contratada pela empresa.
"Nas perguntas elaboradas pela consultoria, a distância não aparece como fator limitante. São José dos Campos continua na disputa", diz Vasconcelos.
O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos Jair Stroppa disse acreditar que a Renault só irá anunciar sua sede no país quando estiver definido o processo de privatização da matriz francesa.

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