São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995 |
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Metade das pequenas empresas é inadimplente
DA REPORTAGEM LOCAL Apesar de metade das micro e pequenas empresas fechar o ano inadimplente, o setor emprega hoje mais do que empregava em 94.Segundo levantamento de novembro, as micro e pequenas empresas empregavam em novembro 852 mil pessoas, contra 850,6 mil em novembro de 94, de acordo com o Simpi, sindicato que representa o setor no país. Isso é explicado pelo fato de as micro e pequenas empresas terem precisado contratar para compensar a falta de investimento em tecnologia, que representa custo mais elevado, na avaliação do Simpi. A política de juros altos e de restrição ao crédito do governo federal fez com que o nível de atividade das micro e pequenas empresas caísse 0,5% no ano, diz Joseph Couri, presidente do sindicato. Couri diz esperar a redução do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) que incide nas operações de crédito, com o objetivo de baratear o custo do dinheiro para as empresas, que significaria "menor custo de produção". Para reativar o setor, o presidente do Simpi defende a criação de linhas de desconto de duplicatas a um custo menor do que o do mercado. E também incentivos, que poderiam ser fiscais, por exemplo, para que os bancos voltem a emprestar recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) às micro e pequenas. "Outra alternativa seria criar um seguro para os empréstimos para que o risco não fique apenas com os bancos, como acontece hoje", afirma Couri. O presidente do Simpi diz ainda esperar um primeiro trimestre de 1996 "com muitas dificuldades e alguma possibilidade de crescimento no segundo trimestre". "A economia pode fechar o ano de 96 registrando crescimento entre 3% e 3,5%, desde que o governo pare de atrapalhar", diz. Texto Anterior: Abecip quer a poupança vinculada a CDB Próximo Texto: Dívida de R$ 564 suspende ações de empresa Índice |
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