São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Dívida de R$ 564 suspende ações de empresa

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

As ações da Lojas Americanas negociadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foram suspensas ontem das 11h às 12h30.
É que a Soedral (Sociedade Elétrica Hidráulica Ltda.) pediu a falência da Lojas Americanas por causa de uma dívida de R$ 213,03 de maio de 1994.
As ações só voltaram a ser negociadas depois que a Lojas Americanas quitou a dívida (reajustada para R$ 564,00) e explicou que iria averiguar a razão do não-pagamento.
A agitação do mercado por conta do pedido de falência da Lojas Americanas não prejudicou suas ações negociadas na Bovespa.
O lote de mil ações PN (não dão direito a voto) da Lojas Americanas fechou ontem a R$ 22, com alta de 2,33% sobre o dia anterior. As ações ON (que dão direito a voto) não foram negociadas.
No Rio de Janeiro, a diretoria da Lojas Americanas levou um susto ao ser informada sobre o pedido de falência da empresa.
"Pensei: Nunca a empresa teve prejuízo. Como pode pedir falência?", disse, ontem, Luiz Meisler, diretor-financeiro e de relações com o mercado da Lojas Americanas.
Segundo ele, a empresa vai verificar o que aconteceu. "Certamente foi uma falha operacional."
Falha
Na sua análise, o que pode ter ocorrido é que a Soedral cobrou a loja da Lojas Americanas que fica próxima a ela (Soedral), no centro de São Paulo.
"Só que todo pagamento de materiais adquiridos pelas lojas da empresa é feito pela nossa sede no Rio de Janeiro. Aí pode ter havido alguma falha."
Meisler diz que a Lojas Americanas, que tem a maioria de suas ações nas mãos dos principais acionistas do Banco Garantia, fechou o período de janeiro a setembro deste ano com lucro líquido de R$ 20,1 milhões. No mesmo período do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 5,7 milhões.
O faturamento bruto da empresa subiu de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão no período. "Estamos indo muito bem", diz Meisler.
Para 96, diz ele, a Lojas Americanas deve abrir mais 12 lojas. Hoje tem 97 lojas espalhadas pelo Brasil. Sete delas foram abertas no segundo semestre de 95. A idéia é ter 200 lojas até o ano 2000.

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