São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Juiz diz que acertou ao anular o segundo gol

MARCELO DAMATO
DO ENVIADO A MANAUS

O juiz de futebol Márcio Rezende de Freitas disse ontem que não teme um processo do Santos contra ele. Ele tomou conhecimento do processo pela Folha. "Vamos esperar para ver."
Rezende disse estar convicto de que acertou ao anular o lance do segundo gol do Santos na final do Campeonato Brasileiro, no estádio do Pacaembu.
Rezende apontou impedimento do atacante santista Camanducaia no lance que poderia ter dado a vitória e o título ao Santos na decisão do último domingo.
Ele acrescentou que não olhou para o bandeirinha ao anular o lance. "Tinha boa visão e agi com convicção".
O jogo terminou 1 a 1 e o Botafogo foi campeão.
Rezende admitiu, porém, que os dois gols da partida foram irregulares.
"Vi depois pela televisão. Cabia ao meu auxiliar (Evaristo de Souza) sinalizar", disse.
Rezende afirmou que Souza estava "nervoso" no segundo tempo. "Não sei por quê. Já apitei vários jogos com ele antes."
O juiz mostrou-se tenso com a repercussão de sua atuação no jogo. "Por essa atuação, as pessoas esquecem o que fiz no ano todo."
Ele recebeu na segunda-feira o prêmio da CBF como melhor árbitro do Brasileiro.
O prêmio foi decidido por um colegiado de jornalistas.
Além disso, a sua indicação para a partida decisiva foi uma exigência dos dois finalistas, Santos e Botafogo.
Ontem, ele chegou a Manaus para apitar Brasil x Colômbia. Ele foi indicado havia duas semanas pela Federação Amazonense de Futebol e pelo presidente da Comissão Nacional de Arbitragens (Conaf), Ivens Mendes.
(MD)

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