São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Santos não crê em anulação do título

DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O Santos não acredita que possa conseguir a anulação do resultado da final do Brasileiro, contra o Botafogo. "O resultado é o que menos importa. Queremos a moralização do futebol", disse o presidente do clube, Samir Abdul Hak.
A diretoria santista entrou ontem com uma ação no TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), no Rio de Janeiro, pedindo a anulação do jogo, realizado no último domingo, no Pacaembu.
Segundo o diretor jurídico do clube, José Roberto Zager, o Santos tentará anular a partida alegando que o juiz Márcio Rezende de Freitas "influiu" no resultado ao anular "erroneamente" um gol do atacante Camanducaia.
O juiz marcou impedimento do atacante e o Santos empatou em 1 a 1, resultado que deu o título do Brasileiro ao Botafogo.
Se o gol de Camanducaia não tivesse sido anulado, o resultado poderia ser 2 a 1 para o Santos, que ganharia o título.
"Com a anulação, ou a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) homologa o Santos campeão, ou marca outro jogo", afirmou Zager.
Nos bastidores da Vila Belmiro, porém, a expectativa é de que o processo não terá êxito.
Mesmo assim, o Santos irá anexar ao processo fitas do jogo com imagens da TV que comprovariam a tese defendida pelo clube.
Além disso, a diretoria promete entrar com uma ação indenizatória contra o juiz, para reaver as perdas financeiras que o clube alega ter tido, ao perder o título. O valor da indenização não foi estipulado.
"O Santos perdeu muito dinheiro, incalculável. Basta dizer que, se fôssemos campeões, disputaríamos a Libertadores. Alguém tem de pagar isso", disse Hak.
Segundo Hak, o presidente do Grêmio e do Clube dos 13 (entidade que reúne os maiores clubes brasileiros), Silvio Coffi, deu "total solidariedade ao Santos".

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