São Paulo, quinta-feira, 21 de dezembro de 1995
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Medo de ataque de presos leva Amir para solitária em prisão no deserto

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O estudante de direito Yigal Amir, 25, que confessou ter matado o premiê de Israel Yitzhak Rabin, foi transferido para uma prisão de alta segurança no deserto de Neguev, onde está sozinho em uma cela.
Segundo autoridades penitenciárias, a transferência foi efetuada anteontem por temor de que Amir seja morto por outros presos.
Amir disse que matou Rabin porque ele estaria entregando terras sagradas a árabes.
Um tribunal de Tel Aviv realizou anteontem a primeira audiência do julgamento de Amir. A pedido da defesa, os trabalhos foram suspensos até 23 de janeiro.
Jornais disseram que 82% dos israelenses que assistiram TV na noite de terça-feira viram o vídeo amador que mostra o assassinato.
A fita foi comprada pela emissora israelense Canal 2 e pelo jornal "Yedioth Ahronoth". O autor da filmagem, Roni Kempler, recebeu cerca de US$ 400 mil.
O advogado Gad Orgad apresentou ontem denúncia contra Kempler. Segundo ele, o cinegrafista poderia ter impedido o assassinato se tivesse advertido policiais sobre a presença de Amir no local do crime.
Israel impediu ontem a entrada de sete judeus radicais norte-americanos em território do país.
Entre eles está o rabino Abraham Hecht. Segundo o Ministério do Interior, ele teria dado, antes do crime, justificativas religiosas para o assassinato de Rabin.
Hecht enviou uma carta de desculpas ao premiê poucos dias antes de sua morte.

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