São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995
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Serigrafias inauguram novo espaço cultural

Exposição reúne obras de Portinari, Tarsila e Volpi

FERNANDA DA ESCÓSSIA
DA SUCURSAL DO RIO

Exposição: Serigrafias de Mestres
Onde: Espaço Banrisul (av. Nossa Senhora de Copacabana, 827, Tel. 021/255-6089)
Quando: segunda a sexta, das 10h às 16h30. Até 18/01
Entrada: franca

Uma exposição de serigrafias de Volpi, Djanira, Di Cavalcanti, Portinari e Tarsila do Amaral, entre outros artistas, inaugura o Espaço Banrisul, cedido pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul para eventos culturais. "Serigrafias de Mestres" traz 32 peças do colecionador Paulo Vargas, avaliadas em mais de R$ 25 mil.
A serigrafia é uma técnica de impressão em silk-screen, que permite reproduzir em cores uma tela. A obra tem número limitado de cópias. Cada múltiplo traz a assinatura do artista e, diferentemente do pôster, é considerado obra de arte, com uma redução de preço.
Uma serigrafia de Tarsila do Amaral, por exemplo, pode custar até US$ 2.000, 500 vezes menos que seu quadro "O Abaporu", leiloado em Nova York.
A mostra homenageia um dos pioneiros da serigrafia no Brasil, o chileno Mário de la Parra. Radicado no Rio no final dos anos 50, ele começou a reproduzir graficamente obras de artistas brasileiros, com autorização dos autores.
Iniciou o projeto com matrizes de Di Cavalcanti, hoje incluídas na exposição.
A concretista e geométrica "Preto e Branco", de Volpi, é considerada uma das mais importantes peças da mostra. De Tarsila do Amaral, há "Meninas" (1957).
"São João Batista", de Cândido Portinari, é a única peça da exposição que não pertence a Paulo Vargas. "Mas estou negociando com o dono, porque é uma das mais belas", diz ele.
"Nosso objetivo foi fazer um panorama da arte brasileira na segunda metade deste século, numa forma de representação acessível como a serigrafia. Nesta exposição não há peças à venda, mas haverá em outras", disse o marchand Luciano Chaves.

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