São Paulo, sexta-feira, 22 de dezembro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Carrasqueira relança disco de 86
JOÃO BATISTA NATALI
Acompanhado ao piano por sua filha Maria José, ele reuniu 12 peças que resumem o repertório para seu instrumento, com o mesmo ecletismo com que o lecionou e interpretou durante os últimos 70 anos. Há autores do século 19, como Wilhelm Popp e Albert Doppler, e contemporâneos, como Vicente de Lima. Parceiro de Pixinguinha e Garoto, amigo de Catulo da Paixão Cearense, solista de orquestras regidas por Villa-Lobos e Camargo Guarnieri, João Dias Carrasqueira tem sua biografia sobretudo associada ao ensino da flauta. Sua casa na Lapa (zona oeste de São Paulo) funcionou informalmente, a partir dos anos 30, como uma espécie de salão musical. Seu nome havia crescido como um músico de bairro -tocava nas sessões de cinema mudo-, em meio a um ambiente cultural em que brasileiros se misturavam aos ingleses e irlandeses da então Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. A Lapa possuía número suficiente de músicos para manter uma orquestra de câmera. Carrasqueira também integrou orquestras permanentes mantidas pelas emissoras de rádio até os anos 50, da Educadora à Gazeta. Participou paralelamente de conjuntos regionais e foi um dos poucos que manteve acesa a tradição do chorinho, gênero que atribui à flauta uma posição central. Disco: "O Mágico da Flauta: João Dias Carrasqueira" Lançamento: CDA Texto Anterior: Serigrafias inauguram novo espaço cultural Próximo Texto: CBN cria FM com jornalismo 24 horas Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |