São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 1995 |
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Internacionalizar é a tendência
SUZANA BARELLI
"Há interesses políticos e comerciais de trazer feiras da Rússia, Inglaterra, França e Alemanha", afirma Caio Alcântara Machado, da empresa promotora que leva seu nome. Claus Groth, presidente da Feira de Düsseldorf (principal entidade alemã na promoção de feiras), confirma essa tendência. "O Brasil é um país de destaque, central para as empresas que querem atuar na América Latina, o que viabiliza a realização de feiras internacionais", diz Groth. Segundo ele, as feiras tendem a ganhar importância como centro de negócios. "Trata-se de um evento eficiente, que reúne muita informação em um mesmo local para os visitantes técnicos", afirma Groth. Sediada em Dusseldorf, a empresa alemã tem uma divisão específica para promover feiras em outros países. Em 1995, foram realizadas feiras na Índia, Rússia, Polônia, Cingapura, entre outros. Quanto à segmentação, Caio Alcântara Machado diz que as feiras começam reunindo um amplo setor e, com o tempo, vão se subdividindo. "A inovação da feira é a sua segmentação", diz Alcântara Machado. Omar Guazzelli, presidente da Guazzelli Associados, diz que a expansão das grandes feiras em São Paulo pode esbarrar na falta de espaço para a sua realização. "As feiras grandes só podem ocorrer no pavilhão do Anhembi e no Expo Center Norte, ambos na zona norte da cidade, e com calendário praticamente fechado para o ano que vem", diz. Guazzelli afirma que tem contatos para trazer ao Brasil a Internation Gift, tradicional feira norte-americana de presentes, mas que falta local para a sua realização. "Há duas idéias que podem se transformar em locais para feiras. O governo estadual quer aproveitar uma área próxima a Guarulhos e há a possibilidade privada de se construir na fábrica da Villares, em Interlagos", diz. (SB) Texto Anterior: Com estabilização, feiras crescem 15% neste ano Próximo Texto: Empresário lança 'vaporetto' na UD Índice |
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