São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Líder quer 1 templo por semana na Argentina
DENISE CHRISPIM MARIN
No último sábado, o bispo Djalma Bezerra de Araújo, responsável pela instituição no país, inaugurou uma nova igreja na avenida Hipólito Yrigoyen, a principal via comercial de Lanús Oeste. O antigo Cine Ópera, onde foi instalada a igreja, estava fechado há dois meses. O imóvel está avaliado em cerca de US$ 200 mil. Neste fim-de-semana, será inaugurada a unidade de Lomas de Zamora. Ambas as cidades estão localizadas na Grande Buenos Aires. A região concentra cerca de 11 milhões de habitantes -um terço da população total do país- e enfrenta graves problemas sociais. O desemprego na Grande Buenos Aires atinge 17,4% da PEA (População Economicamente Ativa). Desde 1990, a Igreja Universal abriu 35 templos na Argentina. Quase todos foram instalados em antigos cinemas, com capacidade para mais de 500 pessoas. O bispo Araújo preferiu inaugurar a nova igreja de Lanús Oeste com uma cerimônia de exorcismo. Também adotou um discurso mais discreto ao pedir as "oferendas". Foram recolhidos o dízimo (doação de 10% do salário) e as oferendas cotidianas. Em nenhum momento foi mencionada a fita da reunião de Macedo. "O dinheiro que vocês estão doando vai servir para a gente abrir uma nova igreja na próxima semana, para consertar os tetos, os assentos, para colocar ventilador e ar condicionado", disse o bispo. "Eu não acredito nisso", afirmou à Folha a dona-de-casa Maria Paz, 62, ao ouvir o relato das denúncias: "A televisão e os padres podem dizer o que quiserem". O pastor Davi disse que havia visto a reportagem, mas depois desconversou: "Não vi essa denúncia. Você não vai conseguir nada porque não temos autorização para dar informações". Texto Anterior: Operação "segura fiéis" combate fita Próximo Texto: Que o Brasil julgue, diz d. Paulo Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |