São Paulo, terça-feira, 26 de dezembro de 1995
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Vigia se afoga em cidade do RS

CARLOS ALBERTO DE SOUZA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Cerca de 8.000 casas foram alagadas nos últimos dias em Camaquã (RS) por causa das chuvas, deixando 1.300 desabrigados. O vigia Genoci Custódio de Oliveira, 49, morreu afogado anteontem.
Na última sexta três pessoas já haviam morrido no Estado devido às chuvas. Camaquã (123 km de Porto Alegre) ficou isolada da capital e de seus nove distritos devido a um desmoronamento na BR-116. Cerca de 80% das 206 pontes do município foram arrastadas pelas águas. A comunicação por telefone foi cortada.
O prefeito Hermes Rocha estimou que os prejuízos devam chegar a R$ 4 milhões. Segundo ele, ruas, bueiros e estradas foram destruídos. A luz foi praticamente restabelecida no fim da tarde de ontem, mas continuava cortada na maior parte da zona rural.
Hoje o prefeito estará em Porto Alegre para relatar a situação ao governador Antônio Britto (PMDB). "Vou apelar ao governador que olhe com muito carinho para nosso município, que vive uma calamidade pública", disse Rocha em entrevista a uma rádio.
O prefeito pediu ajuda à população do Estado. "Mandem o que for possível. Estamos com dificuldades no abastecimento de leite e de combustível." Os flagelados, segundo o prefeito, já receberam alimentos, roupas e cobertores.
A chuva provocou estragos em três pontos da BR-116 -no km 377, em Tapes, no km 399, em Camaquã, e no km 424, em Cristal. O prefeito disse que um trajeto alternativo entre Camaquã e Porto Alegre ficou "seriamente prejudicado" ontem em função do tráfego pesado de veículos.
A chuva no Estado, principalmente na região sul e metropolitana, começou na sexta-feira passada.
(CAS)

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