São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995
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Palmeiras diz não ter culpa

MARCELO DAMATO
DA REPORTAGEM LOCAL

O diretor de futebol do Palmeiras, Gilberto Cipullo, disse que, desde o acordo com a Parmalat em 1991, o clube nunca tinha deixado de concretizar tantos negócios por causa do preço como neste.
"Foram seis ou sete", afirmou.
Para Cipullo, os clubes pequenos e médios do Brasil estão cobrando preços de mercado internacional. Ele nega que a Parmalat tenha inflacionado o futebol.
Leia a seguir os melhores trechos da entrevista.
(MD)

Folha - Por que os preços dos passes dos jogadores estão subindo tanto neste ano?
Gilberto Cipullo - Primeiro, aconteceu uma valorização dos jogadores brasileiros em nível mundial. Eles sempre foram muito mais baratos do que os europeus e hoje essa diferença caiu.
Além disso, os clubes brasileiros querem vender seus jogadores no mercado interno a preços de nível internacional, o que inviabiliza os negócios.
Folha - Quantos jogadores o Palmeiras deixou de comprar este ano no Brasil por problema de preço?
Cipullo - Seis ou sete.
Folha - O Palmeiras já tinha enfrentado problema semelhante depois do acordo com a Parmalat?
Cipullo - Sim, mas nunca nesse nível.
Folha - Essa alta de preços foi uma surpresa?
Cipullo - Não. Já vínhamos observando isso desde o ano passado. Mas, sem dúvida, atrapalhou os nossos planos.
Folha - A Parmalat é acusada de ter inflacionado o futebol. Qual é sua resposta a isso?
Cipullo - Não é verdade. O São Paulo, por exemplo, comprou o Juninho, que era uma promessa do Ituano (SP), por mais ou menos o mesmo preço, US$ 450 mil, que pagamos pelo Paulo Isidoro, do Vitória, que já tinha disputado uma final de Campeonato Brasileiro.

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