São Paulo, quarta-feira, 1 de fevereiro de 1995 |
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Disputa começou no domínio colonial espanhol
NEWTON CARLOS
Consumidas pela malária, flechas envenenadas e loucura —como a de Aguirre, que se rebelou contra o rei de Espanha e criou uma monarquia amazônica—, nenhuma voltou ou estabeleceu marcos amazônicos, o que virou fonte de disputas intermináveis. Com base no fato de que Orellana, seu primeiro herói nacional, navegou no Amazonas, o Equador reivindica "direitos amazônicos irrenunciáveis". O Peru contesta alegando que na época Quito, governada por Pizarro, não passava de dependência do vice-reinado peruano. Em 1941, o Exército peruano decidiu acabar com essa "velha questão", invadindo e ocupando partes costeiras do Equador, inclusive o porto de Guayaquil, a segunda cidade do país. Às voltas com a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos não queriam saber de conflitos no continente americano e mobilizaram o ABC (Argentina, Brasil e Chile) para a mediação. Os peruanos, mais fortes, conseguiram as fronteiras que ambicionavam com o Protocolo do Rio de Janeiro de 1942. Mas, embora o tenham assinado, em troca da desocupação de Guayaquil e das províncias costeiras, o Equador nunca aceitou os termos do protocolo, dizendo que ele resultou de pressões e contém "irregularidades geográficas que tornam impossível executá-lo". Historiadores concordam. Martim Needler, da Universidade do Novo México (EUA), descreveu a guerra de 1941 como " invasão do Equador pelos peruanos, que reclamavam territórios com base em duvidosas interpretações de fronteiras durante o período colonial." Texto Anterior: Dirigentes podem se encontrar Próximo Texto: Cresce popularidade de Bill Clinton; Acidentes matam na Coréia do Sul; Liga diz ter dossiê contra Berlusconi; A FRASE; Egito é acusado de planejar atentado; Esterelizado por nazista quer indenização; Lançada nova iniciativa de paz na Bósnia Índice |
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