São Paulo, quinta-feira, 2 de fevereiro de 1995
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Maior número de queixas envolve hotéis

LUCIANA VEIT
DA REPORTAGEM LOCAL

O maior número de queixas contra agências e operadoras de viagem recebidas pelo Procon envolve hotéis. Há problemas de troca de hotel e também do serviço oferecido —abaixo da categoria.
O funcionário público Vanderlei Couto e sua mulher Andréia tiveram problemas na viagem de lua-de-mel. Dez dias antes de embarcar para o Nordeste, Couto tentou, em vão, retirar o "voucher" dos hotéis na loja da Viagens Costa onde tinha comprado o pacote.
Voltou no dia de seu casamento, mas não recebeu seu "voucher". Sem o bilhete dos hotéis, o casal teve problemas em Maceió, a terceira cidade visitada, onde não encontraram a sua reserva.
O casal também se queixa de um passeio de bugue em Natal, que estaria incluído no pacote. No local souberam que incluía apenas o transporte até as dunas.
A viagem das estudantes de psicologia Lara Rossetti Machado e Christiane Laurito Costa acabou no Procon.
Em dezembro, elas compraram um pacote na FunTour para a ilha Margarita, no Caribe venezuelano. Embarcaram em janeiro e permaneceram por duas horas no avião da Air Vias em Manaus.
Chegando ao hotel, esperaram por sete horas para serem alojadas, por falta d'água na ilha, que impedia a limpeza dos quartos.
As estudantes também se queixam das condições do hotel."A sala de refeições era aberta e vários gatos passeavam junto aos hóspedes, alguns arrastando iguanas que haviam caçado", conta Lara Machado, 22.
Mas a principal queixa é em relação ao vôo de volta, quando o avião teve problemas perto de Brasília e precisou retornar a Manaus.
"Ficamos dez horas no saguão sem informações, refeição ou hospedagem", diz Lara Machado.
A viagem do empresário Oswaldo Dias Castro para o Caribe também acabou em queixa, desta vez junto à Embratur. Castro foi para Saint Maarten pela Mundirama e ficou sem lugar no hotel escolhido.
O empresário foi transferido para outro, "bem diferente do primeiro", segundo sua descrição. Para compensar a troca, o hotel oferecia uma refeição diária e US$ 100 para utilizar no cassino.
Castro não aceitou e foi hospedado em um hotel ao lado do original. "No dia seguinte fomos expulsos, pois não havia mais lugar, e voltamos para o primeiro hotel, onde esperamos seis horas por um quarto", conta o empresário.
Outra queixa é quanto ao carro alugado a que tinha direito, entregue só três dias após a chegada.

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