São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995 |
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PMDB tenta vencer crise de identidade
ANDREW GREENLEES
Os líderes Michel Temer (Câmara) e Jáder Barbalho (Senado) conversaram anteontem à noite e concluíram: enquanto permanecer entre os peemedebistas o dilema do ser ou não ser governo, o partido perde força como interlocutor do Planalto. A desconfiança de lado a lado sempre norteará o relacionamento. Os novos líderes do maior partido no Congresso acreditam que terão a ajuda do novo presidente da Casa, José Sarney. O que mais preocupa os novos líderes é o fato de que essa posição dúbia do partido —que continuou no governo Itamar— já provou que tem reflexos eleitorais. Os peemedebistas estão convencidos de que os desastres nas urnas presidenciais de 89 e 94 aconteceram em boa parte pela falta de definições do partido. O problema para Barbalho e Temer é que o esforço contra a crise de identidade vai esbarrar logo de saída no possível veto do presidente Fernando Henrique ao salário mínimo de R$ 100,00. Isso porque o veto será apreciado pelo Congresso e, na própria cúpula do PMDB, há dúvidas sobre a possibilidade de o partido votar a favor do Planalto. Se realmente quiser ser governo, o PMDB precisa quebrar um círculo vicioso: só ganhará mais espaço no primeiro escalão se der ao Planalto razões para confiar no partido, mas as bancadas peemedebistas mantêm um clima de descontentamento com FHC. Texto Anterior: Com mais um senador, PFL encosta no PMDB Próximo Texto: PFL propõe quebra dos monopólios a FHC Índice |
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