São Paulo, sexta-feira, 3 de fevereiro de 1995
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Leptospirose mata 6 em Curitiba e há mais 19 casos da doença confirmados

MÔNICA SANTANNA; VALMIR DENARDIN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA E EM SOROCABA

Seis pessoas morreram nos últimos 12 dias em Curitiba (PR) vítimas da leptospirose —doença transmitida pela urina do rato. Ontem foram confirmados mais 19 casos. Há ainda 63 pessoas com suspeita da doença.
O secretário municipal da Saúde, João Carlos Baracho, disse ontem que não há epidemia na cidade. "É uma situação preocupante", afirmou.
A doença, segundo Baracho, é consequência da enchente que atingiu Curitiba e região metropolitana há um mês. A maioria dos casos está concentrada nos bairros da periferia.
Ele determinou ontem a distribuição de folhetos pelos técnicos em todas as casas localizadas nos bairros atingidos pela enchente.
O folheto informa que o rato "é o animal que transmite a doença e se ela não for tratada logo pode levar à morte", além de mostrar medidas preventivas, como não consumir água sem tratamento.
"Estamos indo de casa em casa para evitar que o número de casos aumente." Segundo o secretário, em 94 foram registrados 37 casos e quatro mortes.
O secretário explicou que a doença é transmitida pela bactéria leptospira, encontrada no meio ambiente. Segundo ele, a bactéria contamina o rato, que não desenvolve a doença.
"O homem é contaminado ao andar descalço em terrenos onde o rato urinou ou ao entrar em contato com água contaminada."
Os primeiros sintomas, segundo ele, aparecem entre o 6º e 15º dia após a contaminação. Os sintomas são dor de cabeça, febre, diarréia, vômitos e pele amarelada.
Baracho disse que se o diagnóstico for feito nessa fase o tratamento é ambulatorial e tem cura. Caso a doença não seja descoberta a tempo, o paciente pode sofrer uma infecção nos rins e fígado e morrer.
Sorocaba
Quinze pessoas são suspeitas de estar contaminadas por leptospirose na região de Sorocaba (SP). Os números são da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual de Saúde.
Até agora foi confirmado apenas um caso da doença.
(Mônica Santanna e Valmir Denardin)

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