São Paulo, segunda-feira, 6 de fevereiro de 1995![]() |
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Consumidor é contra aumento da alíquota
FLAVIO CASTELLOTTI
"Comprar um importado não é mais questão de status. O preço e a tecnologia estão falando mais alto", afirma o casal de bancários Jorge Luiz e Cristina Callitto. O casal estava ontem em uma revendedora de importados na av. Cidade Jardim, zona oeste de São Paulo, procurando um carro na faixa dos R$ 20 mil. Cristina quer trocar seu Logus, que comprou há quatro meses e já está "dando problema", por um importado, que, segundo ela, tem mais garantia e não corre o risco de sair de linha de repente. O casal é contra a volta da alíquota de 35% para os importados. "A competição externa é necessária para que a indústria nacional corra atrás do tempo perdido", disse José Luiz. Na mesma revendedora, o engenheiro Ricardo Tovar comprou um Peugeot 306 para sua mulher Babi Pozzi de Tovar. Tovar não vacilou ao desembolsar R$ 21 mil pelo carro. "Comparamos com o Gol GLi modelo novo, que com o ágio não sai por menos de R$ 22 mil. Optamos pelo importado, que além do mais, vem melhor equipado por dentro", disse ele. Há poucos metros dali, José Álvaro Sandim, engenheiro, e seu filho Patrick, 11, examinavam o modelo 19 da francesa Renault, que custa cerca de R$ 18 mil. "Parece bem superior ao Logus, modelo nacional dessa faixa de preço que olhei na semana passada", disse Sandim. Ele é contrário à volta da alíquota de 35%. "Ao invés de ceder a esse tipo de lobby, o governo deveria diminuir a pesada carga de impostos que incide sobre a indústria nacional", disse Sandim. A mesma opinião tem o casal Marcos e Mari Estela Sakaki que procura um carro pequeno e bem equipado. Eles olhavam o Twingo da Renault. "Entre os nacionais, não se acha isso", disse Marcos. Texto Anterior: Governo e trabalhadores defendem Imposto de Importação maior Próximo Texto: Partidos se consolidam após impeachment Índice |
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