São Paulo, terça-feira, 7 de fevereiro de 1995
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Associação aprova clínica de hemodiálise

DA REPORTAGEM LOCAL

A Sociedade Brasileira de Nefrologia realizou ontem uma vistoria na Clínica Santa Marcelina, onde quatro pessoas morreram no último dia 23, durante sessão de hemodiálise.
Na hemodiálise, uma máquina realiza a purificação do sangue em doentes com deficiência no funcionamento dos rins.
Segundo Sérgio Draibe, 47, presidente da Sociedade Paulista de Nefrologia, que chefiou a vistoria, a clínica possui completa capacidade de continuar funcionando sem problemas. A sala onde morreram os pacientes está interditada desde o dia 24 de janeiro.
"Vamos encaminhar um relatório à Secretaria da Saúde e pedir que a Vigilância Sanitária não exagere nas suas ações. Não há necessidade de fechar a clínica", disse.

Laudo
Rui Barata, diretor da clínica, contestou ontem informações que constam de um laudo divulgado na semana passada pela Secretaria Estadual da Saúde.
O laudo diz que a aparelhagem usada pela clínica é antiga e que a clínica não tem funcionários em número suficiente para atender seus pacientes, além de não preencher corretamente seus formulários.
Barata diz que o equipamento foi comprado em agosto do ano passado e que o fabricante realizou vistoria que comprova que estava em condições de funcionamento.
Ele afirma ainda que pode comprovar que a clínica possui mais funcionários por paciente do que exige a legislação e que tem todos os prontuários médicos corretamente preenchidos.
Na sexta-feira, um grupo de pacientes entregou à direção da clínica um abaixo-assinado, pedindo que a clínica não pare os tratamentos de hemodiálise.
Barata diz que quer o caso resolvido o mais rápido possível. "O que nos preocupa é o estado de pânico gerado entre os pacientes após o acidente. Eles estão com medo de que o mesmo ocorra com eles", afirma.

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