São Paulo, terça-feira, 7 de fevereiro de 1995
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Escolas do interior ficam sem aula devido a obras

DA FOLHA NORDESTE

O atraso em obras de reforma e ampliação em quatro escolas da rede municipal e a falta de carteiras em uma unidade deixaram pelo menos 1.400 alunos sem aula ontem em Ribeirão Preto (SP).
As aulas na rede municipal recomeçaram ontem para cerca de 22 mil alunos, de acordo com os dados divulgados pela Secretaria da Educação.
"Os outros estudantes da rede municipal devem voltar à escola, no máximo, em 15 dias", disse o secretário da Educação, Osmar Sinelli.
As escolas em obras são as Emeis (Escola Municipal de Educação Infantil) Áurea Braghetto Machado, Hilda Barbosa Mandarino e Emílio Jarbineti e a EMPG Salgado Filho.
Segundo o secretário da Educação, o calendário escolar não vai ser afetado pelo atraso no início das aulas.
"Nosso calendário prevê 210 dias de aula, enquanto temos que cumprir 180 dias", afirmou.
Na escola Cemei Eduardo Romualdo de Souza, 120 alunos que estudam em período integral estão sendo dispensados à tarde por falta de carteiras.
A falta de carteiras também afeta salas do ensino supletivo, mas a Secretaria da Educação não tem um levantamento sobre o número de alunos atingidos.
"Muitas classes usaram a criatividade e estão usando bancos e outras mesas durante as aulas", disse Sinelli.

Campinas
O número de professores não-habilitados na rede estadual de ensino aumentou 10% este ano em relação ao ano passado em Campinas (SP), segundo a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo).
As aulas na rede começam hoje e 150 mil alunos retornam para as salas.
A diretora da Apeoesp, Lindabel Cardoso, 34, disse que a rede em Campinas é formada por 6.000 professores. Destes, 600 não são habilitados. Ela afirmou que, em alguns casos, estes profissionais acabam ocupando a vaga de um professor formado.
"O salário é muito baixo e os professores estão deixando o magistério."

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