São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995
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IGP se acelera e vai a 1,36% em janeiro

DA REDAÇÃO

O IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) apresentou variação de 1,36% em janeiro, anunciou ontem no Rio a Fundação Getúlio Vargas.
Em dezembro a taxa havia sido de 0,57%. O IGP-M, que tem a mesma metodologia mas encerra a coleta de preços no dia 20, foi de 0,92% em janeiro, confirmando leve aceleração dos preços.
Os três componentes do IGP tiveram o seguinte comportamento: o IPA (Índice de Preços no Atacado), com peso de 60% no total, subiu 0,87%; o IPC (Índice de Preços ao Consumidor, com peso de 30%, variou 1,63%; e o INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), com peso de 10%, registrou 3,50%.
No mês anterior, as variações desses três índices específicos que compõem o IGP haviam sido de 0,17%, 1,11% e 1,32%, respectivamente.
No IPA de 0,87%, bens de produção mantiveram-se estáveis, com deflação de 0,20%, mas bens de consumo saltaram de 0,81% em dezembro para 2,67% em janeiro.

Dieese em SP
Em São Paulo, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-econômicos) informou que o ICV (Índice do Custo de Vida) para famílias com renda de 1 a 30 salários mínimos atingiu 3,27% em janeiro, 0,90 ponto acima do de dezembro.
Para famílias com renda mais baixa, entretanto, as taxas ficaram relativamente estáveis. Para rendimentos de 1 a 3 mínimos o ICV foi de 1,74%, contra 1,73% em dezembro, e de 1 a 5 mínimos, 2,02% (no mês anterior, 1,97%).
O ICV de 3,27% foi pressionado, segundo o Dieese, pelos itens habitação, educação/cultura e saúde, que responderam por 2,83% (ou 86,54%) da taxa de janeiro. Esses grupos, lembra o órgão, pesam mais no orçamento de famílias com renda mais elevada.
A alta de 5,74% do item habitação foi formada por 12,22% das prestações da casa própria pelo SFH, 4,49% dos aluguéis e 5,13% das despesas com condomínio.
O Dieese é o único instituto de pesquisas do país que inclui na coleta de preços as prestações do SFH. O departamento planeja retirá-las da nova pesquisa de orçamento familiar em andamento.
Educação/cultura (8,99%) recebeu pressões de material didático (10,50%), mensalidades escolares (9,46%) e livro didático (4,49%). O item saúde variou 2,83% e transportes, 2,11%, devido ao IPVA e reajuste de carros novos.

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