São Paulo, quinta-feira, 9 de fevereiro de 1995![]() |
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Escuridão da noite facilita operações militares
FERNANDO CANZIAN
Muitos dos equipamentos de artilharia pesada e caminhões lançadores de mísseis usados pelos soldados equatorianos, por exemplo, só saem de seus esconderijos na floresta no final da tarde. Durante o dia, permanecem camuflados e distantes das áreas dos postos de fronteira para evitar uma possível destruição durante um ataque do Peru. Até este momento, o único ataque peruano contra tropas do Equador feito no escuro foi o bombardeio a Condor-Mirador, realizado pouco antes do amanhecer, às 5h30 da última segunda-feira (8h30 em Brasília). As supostas incursões de pára-quedistas peruanos em solo equatoriano também estariam sendo feitas durante a noite. Nos postos de observação, no entanto, os equatorianos usam binóculos de fabricação norte-americana dotados de visão infravermelha. Eles servem para registrar a aproximação da aviação inimiga. A noite também proporciona mais horas de tranquilidade aos soldados que permanecem intrincheirados e camuflados nos postos de fronteira durante o dia. É no final da tarde, dispondo de mais tempo, que as tropas equatorianas saem dos esconderijos para tomar banho e se alimentar. Muitos dos soldados, no entanto, são obrigados a trabalhar para descarregar caminhões com armamentos que só chegam às posições durante a noite. A trégua e a possibilidade remota de ataques também chegam com o mau tempo. Como toda a região do conflito é montanhosa (são ramificações da cordilheira do Condor), é praticamente impossível para a aviação dos dois países inimigos realizar ataques quando o tempo está nublado ou chuvoso. (FCz) Texto Anterior: Quito nega hipótese de golpe Próximo Texto: Falta de acordo prejudica Durán-Ballén Índice |
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