São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 1995 |
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Pefelista vira 'dono' da festa
WILLIAM FRANÇA
ACM chegou meia hora antes do desembarque de Fernando Henrique Cardoso. Antes de falar aos jornalistas, que logo cercaram seu jatinho, foi logo avisando: "Primeiro o meu povo". O senador cumprimentou quem pôde, através de uma cerca que isolava o campo de pouso. Seu filho, o deputado Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), agora presidente da Câmara, e o governador da Bahia, Paulo Souto (PFL), ficaram em segundo plano. Há uma semana, quando pesquisa do Datafolha demonstrou a queda de 70% para 36% na popularidade de FHC, o líder pefelista disse que a falha era de comunicação. Em seguida, o presidente fez dois pronunciamentos em cadeia de rádio e TV em sete dias. Ontem, ACM voltou a dar orientações para a melhoria da popularidade presidencial. "O contato com a população é interessante porque ele (FHC) vê qual a expectativa que o povo tem para ser realizada pelo governo". Mas Fernando Henrique não seguiu as dicas. Foi cancelado, por exemplo, um comício que o presidente faria na praça central de Santa Maria da Vitória —que decretou feriado municipal acompanhar a visita. Em vez de falar para a população local, o presidente preferiu receber o título de cidadão santamariense numa pequena sala da Câmara Municipal, onde só entraram as autoridades locais. Segundo o prefeito Joaquim Ferreira Campos (sem partido), FHC não quis dar "tom político" à visita. Ao final e depois de se despedir de quem estava ao seu alcance, ACM fez a avaliação da visita de Fernando Henrique. "Na parte popular ele tirou nove. Dez só para os grandes momentos, mas ele vai chegar lá", ironizou. Texto Anterior: Senador é acusado de agressão Próximo Texto: PSDB vai contratar agência para governo Índice |
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