São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995 |
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Desabrigados de SP cobram ajuda da prefeitura
AUGUSTO GAZIR; ROGERIO WASSERMANN
As 304 pessoas das 88 famílias estão na escola municipal Luiz Eduardo Matarazzo um dos 15 abrigos da cidade. A prefeitura oferece a cada família desabrigada R$ 1.500 para comprar um barraco ou pagar alguns meses de aluguel. "Esse dinheiro não dá para nada, queremos uma casa definitiva", diz Edna Maria da Silva, 27, da comissão de desabrigados. Segundo o secretário municipal do Bem Estar Social, Adail Vettorazzo, 60, primeiro tem que se resolver a situação de emergência. "Tenho milhares de pessoas em áreas de risco, não podemos dar uma contribuição maior", diz. Risco Na favela do Boi Molhado, na Vila Nova Cachoeirinha, uma pedra ameaça há dez dias cair sobre cerca de dez casas. No dia 1º, foram removidos cerca de 35 moradores para um campo de várzea. Ontem, a administração regional voltou à favela para retirar os barracos instalados sobre o morro e que ameaçavam cair. "A área do campo está cheia e temos que sair do morro. Não sei para onde vamos", disse Zenaide de Brito, 38. Creche Os 200 desabrigados que invadiram a creche Delson Domingues, em Ermelino Matarazzo (zona leste), se recusam a ir para os abrigos oferecidos pela prefeitura e pedem a doação de uma área em São Miguel Paulista (zona leste). As famílias não estão recebendo alimentação da prefeitura. Ontem chegou na creche a doação anônima de uma carne estragada mergulhada em formol. (Augusto Gazir e Rogerio Wassermann) Texto Anterior: Ciclone causa cheias no Sul e seca no Nordeste Próximo Texto: Leptospirose faz vítima na Baixada Santista Índice |
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