São Paulo, sábado, 11 de fevereiro de 1995 |
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Venda à vista cresce 35,9% em fevereiro
FÁTIMA FERNANDES; MÁRCIA DE CHIARA
Sobre igual período de 1994, as compras com cheque ou dinheiro, no entanto, estão ainda 11,8% menores. Mas o crediário continua firme, com crescimento de 34,1%. Lojistas são unânimes em afirmar que o que está garantindo o crescimento do consumo neste mês é a estabilidade da economia, a volta às aulas e o pagamento do abono de R$ 15 para quem ganha salário mínimo. Nos dez primeiros dias de fevereiro, o Mappin vendeu de 25% a 30% mais do que em idêntico período de 1994. "As vendas estão consistentes no mesmo patamar do mês anterior", afirma Sérgio Orciuolo, diretor. Na Arapuã, o faturamento cresceu 30% nos primeiros dez dias deste mês sobre igual período do ano passado. "O consumo também está no mesmo ritmo de janeiro", afirma João Alberto Ianhez, diretor. A Arapuã ampliou o prazo de financiamento aos clientes de 15 meses para 18 meses ontem. A taxa de juros mensal subiu de 9% para 10% ao mês. Com isso, a empresa quer manter a participação de 65% do crediário na receita. A Lojas Cem já registra aumento de 80% nas vendas neste mês, na comparação com igual período de 1994. "Há sete meses o consumo está num patamar elevado", diz Valdemir Colleone, supervisor. Tanto é que faltam alguns produtos. Anderson Birman, diretor da Arezzo, destaca que a receita das 52 lojas da marca cresceu 15% nos primeiros dez dias deste mês sobre igual período do ano passado. Nos supermercados, o quadro é semelhante. "O movimento neste mês está bem melhor do que em janeiro", diz Omar Assaf, vice-presidente da Apas (Associação Paulista dos Supermercados). Segundo ele, a expectativa é a de fechar fevereiro com crescimento de 15% a 20% sobre o mesmo mês de 1994. Nos pequenos estabelecimentos, os negócios nos dez primeiros dias deste mês estão entre 8% e 9% maiores do que em igual período do ano passado. "Estamos vendendo bem mais do que janeiro e já recuperamos o patamar de novembro", afirma Wilson Tanaka, presidente do Sincovaga, que reúne os pequenos supermercados. Explosão A Federação do Comércio do Estado de São Paulo enviou ontem fax ao ministro da Fazenda, Pedro Malan, com dados do desempenho das vendas e dos preços. Na nota, a federação destaca que o faturamento das lojas em janeiro ficou abaixo do nível tradicional do mês. E os preços chegaram a cair 1,02% no índice ponta a ponta. Para a federação, não há explosão de demanda. Assim, o governo não precisa conter o consumo. Texto Anterior: Leste da Europa cresce em 94 Próximo Texto: Novo mínimo eleva consumo em R$ 1,5 bi Índice |
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