São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 1995 |
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Emboscada mata 3 em Chiapas
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS Três oficiais do Exército mexicano morreram anteontem em uma emboscada no Estado de Chiapas, o reduto do movimento guerrilheiro Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN).O tenente Hugo Alfredo Manterola Cedillo, 48, e dois soldados foram alvejados em Nuevo Momón. Foram levados de helicóptero para Comitán, onde morreram. Foram os primeiros militares mortos após a decisão do governo de prender os líderes do EZLN, supostamente reconhecidos pelo governo na última quinta-feira. O Exército continua a fechar o cerco sobre a zona dominada pela guerrilha. Cerca de 5.000 soldados estariam participando da operação. Contam com apoio de helicópteros, tanques e blindados. Há informações de combates entre as forças do governo e os guerrilheiros em vários povoados de Chiapas (sul). Em Guadalupe Tepeyac, teria sido morto o major Moisés, um dos líderes zapatistas. Gloria Benavides, conhecida também como subcomandante Elisa, negou ter sido a delatora da identidade do subcomandante Marcos, o líder máximo do EZLN. Na quinta-feira, o presidente Ernesto Zedillo havia dito que graças a ela teria descoberto que Marcos seria, na verdade, Rafael Sebastián Guillén Vicente, de 38 anos. "Essa história é fabricada. Fui vendada e obrigada a assinar um falso testemunho", afirmou Elisa. O EZLN iniciou suas atividades em 1º de janeiro de 1994, exigindo reforma agrária, justiça e dignidade aos cidadãos do estado de Chiapas, um dos mais pobres e socialmente injustos do país. Os zapatistas exigem ainda que o governo reconheça como governador de Chiapas Amado Ava¤edo, derrotado nas últimas eleições. Texto Anterior: Médico diz que Deng pode morrer logo; Mísseis matam civil no noroeste da Bósnia; Ieltsin falta no final de cúpula da CEI; Choque de aviões mata 7 na Ucrânia; Polícia egípcia mata 4 muçulmanos; Preso manda fax e escapa da cadeia; Discovery aterrisa na Flórida após 8 dias Próximo Texto: Bispo de Chiapas pede fim de ação Índice |
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