São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Lula autoriza Irma a negociar com Motta Deputado mineiro encontra com ministro CARLOS EDUARDO ALVES
Santiago e Motta se encontraram ontem e Irma deve se reunir hoje com o ministro para definir sua situação. A solução que está sendo ensaiada mostra a ambiguidade com que o PT está tratando o governo Fernando Henrique. Em encontro entre Lula, Santiago e Irma, na última sexta, o dirigente petista disse que a ex-deputada não precisaria deixar o partido caso aceitasse o convite de Motta de uma forma dissimulada. No plano de Lula, Irma deve integrar um conselho de entidades da sociedade civil que querem "democratizar" os meios de comunicação. Dessa maneira, o ônus da adesão explícita a FHC ficaria diluído. O conselho indicaria Irma para dirigi-lo e a ex-deputada não seria assessora de Motta, embora na prática funcionasse como tal. Outra solução pensada, e que foi levada ontem por Santiago a Motta, seria a regulamentação de um conselho de partidos políticos com propostas para a área de comunicações. O PT indicaria Irma para representá-lo no organismo. Irma tem em mãos documento assinado por entidades próximas ao PT e que defendem sua ida para o governo. A Federação Nacional dos Jornalistas é uma delas. "Temos convergência com o ministro no diagnóstico sobre o poder do PFL nas comunicações e achamos que a ex-deputada daria critérios mais transparentes a essa área", afirmou Américo Antunes, presidente da Fenaj. A "adesão envergonhada" a FHC não é consensual no PT. Rui Falcão, vice-presidente do partido, disse que ninguém está autorizado a negociar com Motta. "O Rui está desatualizado", disse Irma. Texto Anterior: FHC define como distribuir cargos Próximo Texto: Hargreaves assume presidência da ECT Índice |
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