São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Onde está a vantagem Corria a campanha eleitoral de 86. O então presidente do PMDB, Ulysses Guimarães, trabalhava pela reeleição para a Câmara dos Deputados e, ao mesmo tempo, pedia votos para os candidatos peemedebistas em São Paulo. Certa noite, num comício pelo interior, deparou-se com um daqueles inconvenientes bêbados de palanque. Na sua vez de assumir o microfone, Ulysses passou a discursar de forma enfática. Levantava os braços para reforçar o que dizia: — Vamos aprofundar as reformas democráticas nessa nação! O bêbado gritou: — Não vi vantagem! Ulysses não se apertou e continuou falando: — Vamos combater essa situação social inaceitável! Lá veio o bêbado, postado ao pé do palanque: — Não vi vantagem! Ulysses olhou feio para o homem, levantou a voz e foi adiante: — Vamos aumentar o salário! O bêbado aplaudiu freneticamente: — Comecei a ver vantagem, doutor Ulysses! Texto Anterior: Corpo-a-corpo; Quem ri por último; Nova corrida; Óleo de peroba importado; Túnel do tempo; Semeando; Disputa pelo filé; Reentrada; Medo do dominó; Dose dupla Próximo Texto: FHC recebe sindicalistas para discutir as reformas Índice |
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