São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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FHC recebe sindicalistas para discutir as reformas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA O presidente Fernando Henrique Cardoso almoça hoje com os dirigentes das três centrais sindicais —CUT, CGT e Força Sindical—, em mais um esforço do governo para aprovar as emendas da reforma da Constituição.O encontro será às 12h30 na Esaf (Escola Superior de Administração Fazendária). Depois desta reunião, restará apenas a negociação com os governadores para definir a reforma tributária. Antes do almoço com FHC, a partir das 8h30, os sindicalistas discutirão as propostas do governo com os ministros envolvidos na reforma constitucional. O debate segue a linha das reuniões já promovidas pelo governo com as bancadas dos partidos dos partidos que lhe dão sustentação no Congresso (PMDB, PFL, PTB, PSDB, PL, PP) e mais o PPR. Participarão do encontro com os dirigentes sindicais os ministros Nelson Jobim (Justiça), Pedro Malan (Fazenda), José Serra (Planejamento), Luiz Carlos Bresser Pereira (Administração) e Reinhold Stephanes (Previdência). Pelo menos um dos líderes sindicais, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (presidente da CUT), já antecipou que vai apresentar propostas aos ministros. O encontro com as centrais sindicais ocorre três dias depois da reunião em que FHC e seus assessores definiram as principais diretrizes das mudanças a serem sugeridas na Ordem Econômica, Previdência e sistema tributário. O porta-voz do Planalto, Sérgio Amaral, disse ontem que, em relação a algumas emendas, falta apenas acertar a redação. Indagado sobre o sentido da reunião com os sindicalistas, uma vez que as propostas já estariam definidas, Sérgio Amaral respondeu: "A proposta só estará fechada no momento em que for encaminhada ao Congresso. A reunião se presta, como as anteriores, a um debate, a esclarecimentos." "Depois", continuou o porta-voz, "como o presidente já disse, o que se vai mandar neste momento não encerra o processo de emenda constitucional. Isto é um processo. Pode ser que agora seja apresentada apenas uma parte, a ser complementada no futuro." Nas reuniões mantidas com os partidos governistas, as propostas formuladas pela equipe do Palácio do Planalto encontraram algumas resistências. O próprio partido de FHC, o PSDB, não se mostra muito entusiasmado, especialmente com a reforma da Previdência. Os tucanos temem que alterações na forma da aposentadoria possam trazer prejuízos eleitorais. Na reunião com os empresários, na última sexta-feira, os interlocutores do governo ouviram restrições à reforma tributária. Líderes empresariais afirmaram que o governo deve procurar negociar mais com representantes do setor. Texto Anterior: Onde está a vantagem Próximo Texto: PT decide obstruir votações Índice |
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