São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Estudo sobre Titãs pensa estética pop Da Reportagem Local A música pop não deve ser considerada a priori um objeto construído meramente para atender necessidades de consumo. Se forem repensados os critérios de interpretação deste tipo de produção, pode ser detectada a "possibilidade de criação estética" neste tipo de música. A análise do trabalho do grupo paulistano Titãs demonstraria esta possibilidade. Esta tese foi desenvolvida por Herom Vargas Silva em "Criação Estética e MPB sob o Signo da Relação", dissertação de mestrado em comunicação e semiótica apresentada à PUC-SP. A partir de uma discussão das teorias que desqualificam a produção da música pop, Silva tenta estabelecer "parâmetros de visão a ela correspondentes": isto é, modos de leitura que possam compreender a estética específica desta forma de produção cultural. Silva procura demonstrar que a música popular é um produto híbrido: estabelece relações entre o texto poético da canção, som e música e espetáculo visual, formulando uma outra linguagem, incapaz de ser apreendida pelas teorias que compartimentam a cultura entre o erudito e o popular e colocam a primeira como canônica. Os Titãs, segundo Silva, realizam este novo tipo de construção estética ao tentar compor os segnificados através da reunião, por exemplo, de canto gritado, dança expressiva e letra. Tal tipo de "obra" não pode ser apreendida por uma clássica fruição "contemplativa-racional" e outra "extático-sensorial", requerida para fruir o trabalho do grupo pop. Texto Anterior: Trote na USP adere à campanha contra fome Próximo Texto: Paraná inaugura ônibus sobre trilhos Índice |
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