São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Dorothéa defende câmara setorial de automóveis contra as críticas
CRISTIANE PERINI LUCCHESI
"Algumas decisões foram tomadas de imediato exatamente pela ameaça aos empregos no Brasil, com o crescimento acelerado de importações e com a possibilidade de deslocamento de investimentos que seriam brasileiros para outros países, como a Argentina", afirmou a ministra ontem. Ela disse que "é óbvio que quando você toma 15 decisões em qualquer sistema democrático, alguém vai ficar insatisfeito". Segundo a ministra, havia sete montadoras presentes e apenas duas discordavam do aumento do Imposto de Importação. "Na democracia, leva a maioria." Ontem à tarde, após solenidade de inauguração da Fundação Parceria para a Saúde, em São Paulo, a ministra fez questão de afirmar que as questões trabalhistas serão discutidas na câmara. "Foram criados grupos técnicos de trabalho e entre esses está o de relações trabalhistas. Todas as questões levantadas pelos trabalhadores serão discutidas." Pela manhã, durante visita à sede da CUT, Dorothéa ouviu de Vicentinho (Vicente Paulo da Silva, presidente da CUT) que, caso não sejam discutidos emprego e salário, os trabalhadores vão abandonar os acordos e fazer greve. Paulo Pereira da Silva, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, também ameaça deixar as câmaras setoriais. A ministra, indiretamente, pediu também calma ao setor de autopeças, que vinha reclamando não estar contemplado nos acordos. "Tem um grupo de trabalho para discutir a questão dos fornecedores das montadoras, que precisam ter desenvolvimento tecnológico, ampliação de capacidade, programa de exportação. Tem até uma proposta sobre a porcentagem das peças nacionais no carro brasileiro, que o governo vai discutir junto com eles." Texto Anterior: Preço dos importados aumenta até 12% Próximo Texto: Empresas procuram serviços da Fundação Parceria para Saúde Índice |
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