São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Propostas do governo animam mercado
RODNEY VERGILI
O mercado considerou positivas as propostas do governo de reformas constitucionais como a lei das concessões, a disposição governamental em avançar no ajuste fiscal, a reforma tributária desonerando as exportações, a tentativa de reduzir a sonegação fiscal, a reativação do programa de privatização e maior abertura ao capital estrangeiro para atrair mais investimento direto e tecnologia. A filosofia das propostas de reformas constitucionais foi bem recebida pelo mercado, mas ontem faltou dinheiro novo e o índice das Bolsas não se sustentou, fechando em baixa. No mercado cambial, as cotações estão estáveis. O fechamento de câmbio de exportações está superando as importações em US$ 810 milhões nos dez primeiros dias de fevereiro. A saída financeira está ainda superando a entrada de dólares neste mês em US$ 476 milhões, mas o resultado global (comercial e financeiro) está positivo em US$ 330 milhões. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, em discurso na posse da nova diretoria da Câmara Americana de Comércio (Amcham-SP), deixou claro que o governo "não permitirá" que as contas cambiais se deteriorem como aconteceu no México. As taxas de juros estão estáveis, refletindo a baixa nas taxas de inflação. O Banco Central não atuou ontem no mercado cambial. No mercado de renda fixa os juros ficaram estáveis. As taxas de inflação estão em baixa e a expectativa é de que as taxas de juros se mantenham ou mesmo caiam. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,126%. A taxa média do over foi de 5,34% ao mês, segundo a Andima. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), a taxa média foi de 5,41% ao mês. CDB e caderneta As cadernetas que vencem dia 10 rendem 2,7715%. CDBs prefixados negociados ontem: entre 27% e 45,8% ao ano para 30 dias. CDBs pós-fixados de 120 dias: entre 15,0% e 15,3% ao ano mais a variação da Taxa Referencial. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 6,37% ao mês. Para 30 dias (capital de giro): entre 55% e 106% ao ano. No exterior Prime rate: 9,00% ao ano. Libor: 6,56% ao ano. AÇÕES Bolsas São Paulo: queda de 0,38%, fechando com 32.949 pontos e volume financeiro de R$ 212,06 milhões. Rio: baixa de 1,0%, fechando com 14.647 pontos e volume financeiro de R$ 14,34 milhões. Bolsas no exterior Em Londres, o índice Financial Times fechou a 2.344,50 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com 18.313,86 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,832 (compra) e R$ 0,833 (venda). Segundo o Banco Central, no dia anterior, o dólar comercial foi negociado a R$ 0,833 (compra) e R$ 0,835 (venda). "Black": R$ 0,825 (compra) e R$ 0,835 (venda). "Black" cabo: R$ 0,833 (compra) e R$ 0,837 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,818 (compra) e R$ 0,840 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: queda de 0,74%, fechando a R$ 10,025 o grama na BM&F. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a 1,5638 dólar. Em Frankfurt, a moeda norte-americana foi cotada a 1,5185 marco alemão. Em Tóquio, a cotação foi de 98,87 ienes. Em Nova York, a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 375,90. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para fevereiro fechou em 3,36% e para março a 3,12% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para fevereiro ficou em 32.700 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para fevereiro fechou a R$ 0,842 e para março a R$ 0,859. Texto Anterior: Setor de serviços gera mais postos de trabalho Próximo Texto: Malan diz que país volta a ter superávit Índice |
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