São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Maioria dos mexicanos apóia ação em Chiapas
NEWTON CARLOS
Mas 63% não acreditam que a opção militar acabe com o conflito ou consiga pacificar Chiapas. A impressão dominante é a de que os zapatistas evitam o confronto, no momento, e se reagrupam em áreas remotas as quais conhecem a fundo e onde se confundem com populações locais. A decisão de Zedillo, tomada depois de críticas acusando-o de moleza, estaria exacerbando a polarização no México. A oposição à esquerda, representada sobretudo pelo PRD (Partido da Revolução Democrática), retirou-se do pacto assinado pelo PRI (Partido Revolucionário Institucional, no poder desde 1929), com outros três grupos, visando a civilizar a política mexicana. Uma das reformas previstas, e agora possivelmente congelada, é a judicial, com autonomia reforçada da Corte Suprema. Seria meio caminho andado na direção de eleições limpas. O PAN (Partido de Ação Nacional), à direita, embora lamentando o rompimento do diálogo, concordou em que é preciso "restabelecer o estado de direito em Chiapas". A polarização alcança em cheio a sociedade civil. A nata empresarial, reunida na Confederação Patronal, não só apoia como pede que se vá "fundo na luta contra quem tenta instalar a anarquia no país", o que é o caso, segundo ela, dos zapatistas. No mercado financeiro a mídia colheu declarações como a que diz que "fortalecendo a vigência da lei se consegue a confiança dos negócios, investidores e empresas". Os protestos e manifestações contrários partem de organizações populares e humanitárias, com o argumento de que Chiapas nada mais é do que "resposta lógica a pobreza e injustiças", e não obra de "subversivos", como agora quer o governo, com apoio da "parte mais abastada do país". Texto Anterior: México diz ter retomado pleno controle de Chiapas Próximo Texto: Oposição tira do PRI o governo de Jalisco Índice |
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