São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995
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Combates diminuem, afirma o Equador

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O confronto armado entre Peru e Equador na cordilheira do Condor perdeu intensidade nas últimas 24 horas. Os dois lados registraram apenas escaramuças e operações aéreas.
Numa aparente preparação para um conflito de longa duração, o Equador substituiu todos os seus soldados na área de fronteira que disputa com o Peru.
"Praticamente não tivemos combates em terra, exceto por encontros esporádicos sem maior importância", afirmou o coronel José Grijalba em Patuca, sede do Comando Bélico de Operações na Selva do Equador.
Em seu quartel-general de El Milagro, o comando das forças peruanas na fronteira disse que prosseguiram ontem os ataques aéreos e de artilharia contra a base equatoriana de Tiwinza.
"Nossos avanços se produzem de forma lenta, mas segura, em meio a sérias dificuldades", disse um comunicado oficial dos militares peruanos.
Na semana passada, o Peru anunciou várias vezes que a tomada de Tiwinza era "iminente" ou "questão de horas". A conquista de outras bases equatorianas, anunciada com insistência em Lima, também não foi confirmada.
Os jornais peruanos deram destaque à acusação, feita por oficiais da inteligência militar do país, de que pilotos israelenses estariam combatendo do lado do Equador.
O governo equatoriano disse que seus pilotos são treinados por pessoal dos países que lhe fornecem aviões (caso dos A-37 norte-americanos e dos Kfir israelenses), mas negou a participação de estrangeiros nos combates.
As conversações entre diplomatas dos dois países e dos avalistas do Protocolo do Rio (Brasil, EUA, Argentina e Chile) para um cessar-fogo recomeçaram ontem às 15h em Brasília.
O presidente argentino, Carlos Menem, ofereceu tropas de seu país para uma força internacional de paz que eventualmente enviada à região após uma trégua.

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