São Paulo, terça-feira, 14 de fevereiro de 1995 |
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Julgamento na França envolve políticos, empresários e jornalistas
ANDRÉ FONTENELLE
Além de Noir, o réu mais famoso é Patrick Poivre d'Arvor, 47, âncora do principal telejornal da França. Ele teria aceitado quase US$ 180 mil em presentes e viagens, em troca de espaço na TV para o prefeito de Lyon. D' Arvor é acusado pela Justiça não por ter trocado entrevistas por presentes —acusação difícil de provar—, mas porque ele conheceria a origem ilegal do dinheiro. O jornalista nega as acusações. Sua emissora, a TF1, decidiu afastá-lo do telejornal durante o julgamento, mas lhe garantiu apoio. O genro de Noir, Pierre Botton, 40, teria retirado cerca de US$ 6 milhões ilegalmente de suas próprias empresas, para transformar o sogro no "Kennedy francês". Tudo começou a desmoronar quando Noir brigou com o genro. Ao ser preso, em 1993, Botton acusou o sogro de cumplicidade. Também está sendo julgado Charles Giscard d'Estaing, 38, sobrinho do ex-presidente Valéry Giscard d'Estaing. Ele era um dos braços-direitos de Botton. O julgamento foi suspenso até amanhã. Os advogados de Noir querem que ele seja julgado por um tribunal especial, pois era ministro do Comércio Exterior de Jacques Chirac na época dos fatos. Texto Anterior: Acertado cessar-fogo na Tchetchênia Próximo Texto: Indicado de Clinton quis esterilizar deficientes Índice |
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