São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Exército diz que soldado se matou com fuzil

WILLIAM FRANÇA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Exército confirmou ontem que o soldado Judson Gonçalves, 19, dos Dragões da Independência, suicidou-se utilizando um fuzil, dentro de uma guarita a 50 metros do quarto do presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio da Alvorada.
O suicídio ocorreu às 11h do dia 31 de janeiro. Ele acertou o tiro na base do queixo, dentro da guarita quatro, que fica próxima à capela do Alvorada, à direita do Palácio.
Nem o presidente nem sua família foram informados do suicídio, tratado com sigilo pelo Exército, que inicialmente o classificou de "acidente". A Folha apurou que a informação ficou reservada ao Gabinete Militar da Presidência, responsável pela segurança de FHC.
O suicídio (o terceiro em menos de dois meses nos Dragões da Independência) foi tratado pelo Regimento de Cavalaria de Guarda.
Segundo o Cecomsex (Centro de Comunicação Social do Exército), a conclusão do inquérito poderá indicar a possível causa —que pode ser "conflito pessoal ou desajuste individual".
Os outros dois casos ocorreram dentro do Regimento. No dia 9 de janeiro, outro soldado dos Dragões da Independência, Cleobes Belizário Dias, 19, se enforcou dentro de uma báia do RCG. O terceiro caso foi provocado por uma brincadeira do sargento João Batista Silva. No dia 5 de fevereiro ele acabou disparando um tiro de pistola em sua própria cabeça.

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