São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995 |
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País perde US$ 4,26 bilhões de reservas
RODNEY VERGILI
Segundo executivos da área de câmbio dos bancos, a queda nas reservas se acentuou a partir de dezembro passado, sob o impacto da crise do México. O mercado estima que o BC tenha vendido cerca de US$ 1 bilhão das suas reservas somente no dia 22 de dezembro passado, quando vendeu dólares para conter o movimento especulativo detonado pela crise cambial mexicana. A sangria continuou em janeiro deste ano, porque os eurobônus emitidos no exterior pelas empresas brasileiras —estatais e privadas— que estão vencendo não estão sendo renovados com a virtual paralisação do fluxo de recursos dos investidores internacionais para títulos latino-americanos. Apesar disso, uma eventual recomposição do atual nível das reservas cambiais não está entre as prioridades do governo. Pelo menos é o que evidencia a postura do BC no mercado de câmbio. O governo não só evitou qualquer movimento para sustentar a cotação do dólar comercial acima do suposto piso de R$ 0,84, como vem reafirmando a manutenção da atual política cambial. O ministro da Fazenda, Pedro Malan, por exemplo, disse que a volta dos superávits nas contratações de câmbio feitas por exportadores e importadores indica uma reversão dos déficits registrados em novembro e dezembro. Os últimos dados do Banco Central mostram que até o último dia 13 deste mês o fechamento de câmbio de exportações estava superando o de importações em US$ 867,69 milhões. As saídas financeiras de dólares continuam, no entanto, superando as entradas em US$ 557,80 milhões. O resultado final entre câmbio comercial (exportações menos importações) e financeiro (entradas menos saídas) é positivo em US$ 309,89 milhões nos 13 primeiros dias de fevereiro. Em janeiro, o fechamento do câmbio havia sido negativo em US$ 1,43 bilhão. Texto Anterior: Exército diz que soldado se matou com fuzil Próximo Texto: Malan vence pressão e nomeia no BB e CEF Índice |
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