São Paulo, quarta-feira, 15 de fevereiro de 1995
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Presos explodem muro em tentativa de fuga

Explosão aconteceu durante banho de sol

DA REPORTAGEM LOCAL

Tentativa frustrada de fuga na Casa de Detenção de São Paulo, no Carandiru (zona norte), causou pânico nas ruas próximas ao presídio no início da tarde de ontem.
Por volta das 12h50 uma explosão de "alto grau" destruiu parte do muro do pavilhão 9. Cerca de 400 presos tomavam banho de sol e jogavam futebol na hora da explosão.
Não houve feridos e todos os presos foram recolhidos às celas. A direção do presídio revistou os detentos e não encontrou nada ligado à explosão.
A Casa de Detenção tem 6.070 presos. No pavilhão 9 estão 1.725, todos réus primários. Policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais), que fizeram a perícia no local, acreditam que o explosivo usado foi dinamite e que ele foi colocado no muro por dentro do presídio.
O secretário de Justiça, Belizário dos Santos Júnior, afirmou estar "muito preocupado com a possibilidade de que presos tenham tido acesso a algum tipo de explosivo".
Minutos antes da explosão os presos simularam uma briga para distrair a atenção dos guardas da muralha do presídio.
A Polícia Militar prendeu dois suspeitos de terem ligação com a explosão do lado de fora da detenção. Com um deles, Valdemir Rocha, 37, foi apreendido caderno com anotações sobre a Casa de Detenção. No fim da tarde, os dois foram liberados por falta de provas.

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