São Paulo, quarta-feira, de dezembro de
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Telefonemas e cartas não param de chegar

ANDRÉ FONTENELLE
DE PARIS

O repórter está há dois minutos na sala da secretária do professor Baulieu, quando o telefone toca:
"Alô... Sim, é a secretária dele... Sim, nós fomos submergidos de pedidos... Inválida, entendo... A senhora deve mandar o pedido pelo correio, responderemos assim que possível."
Claude Secco desliga e suspira: "Agora diminuiu, mas logo depois da publicação da descoberta, o telefone tocava o dia todo."
Mais de 500 cartas de vários países —fora os telefonemas—, de pessoas idosas que querem ser cobaia, já chegaram ao laboratório de Baulieu, no Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica, em Le Kremlin-Bicêtre (Paris).
A maioria é de pessoas em desespero, de 50 a 100 anos (60 anos na média). Ainda não há previsão para o início dos testes.
Algumas propostas comoveram Secco, como uma carta de uma mulher de 81 anos. "Ela diz ter uma forma fantástica, pratica balonismo, mas tem medo de um dia perder essa forma", conta.
(AFt)

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