São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995
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PS da zona norte não tinha seringa descartável

Pacientes tinham que comprar as suas

DO NP E DA REPORTAGEM LOCAL

Durante a manhã de ontem, não havia seringas descartáveis no Pronto-Socorro Municipal de Santana, na zona norte. Os pacientes que precisavam de injeções eram orientados a comprá-las em farmácias.
A dona-de-casa Leonor da Silva, 58, chegou ao pronto-socorro com uma perna quebrada e reclamando de dores fortes. Uma enfermeira avisou que não havia seringas descartáveis. "É um absurdo. A gente paga imposto e ainda tem que comprar seringa para tomar remédio."
Outro paciente, o funileiro Lurjo Martins, 63, também se recusou a usar as seringas de vidro. "Não vou me arriscar a pegar Aids com uma seringa que todo mundo usa."
Para João Koch, do Movimento de Saúde da Zona Norte, a decisão da prefeitura não é suficiente. "Exonerar o diretor é fácil. Difícil vai ser repor tudo o que falta nos hospitais municipais", diz.

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