São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995
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Serviços médicos têm alta de 29%

VERA BUENO DE AZEVEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

A Associação Médica Brasileira (AMB) aumentou em 29% o coeficiente que serve de referência para a fixação de honorários médicos.
O chamado CH (Coeficiente de Honorários) passou de R$ 0,115 para R$ 0,20, conforme comunicado da AMB publicado no "Diário Oficial da União" do último dia 15. O novo valor vigora a partir do próximo dia 1º de março.
Essa alta deve ser repassada aos preços finais de serviços médicos, tanto de hospitais quanto de laboratórios, além das mensalidades de seguros e planos de saúde, que utilizam a tabela da AMB como referencial para fixação de seus custos.
Segundo Mário Cardoso, presidente da AMB, o reajuste não fere as regras do Plano Real, uma vez que está sendo feito um ano após a conversão para URV dos valores da tabela da entidade.
Para Cardoso, as empresas que operam com seguros e planos de saúde não têm necessidade de repassar o reajuste para suas mensalidades. "Elas têm 'gordura' suficiente para absorver esse aumento", afirmou.
Estas empresas, entretanto, já haviam afirmado que o aumento, caso ocorresse, seria repassado às mensalidades de seus associados.
O presidente da AMB disse ainda que as empresas de medicina de grupo estão utilizando uma tabela antiga da entidade. "Elas pagam aos médicos apenas R$ 6,00 por cada consulta", afirmou.
Segundo a assessoria de imprensa da AMB, mais de 80% das instituições que utilizam serviços médicos têm como referencial para seus pagamentos a tabela de preços da entidade.
O secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, José Milton Dallari, afirmou ontem, em São Paulo, que já sabia do reajuste a ser efetuado pela AMB. Entretanto, disse que o governo não vai aceitar aumento superior à variação do IPC-r.

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