São Paulo, sexta-feira, 17 de fevereiro de 1995
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Lei do Audiovisual viabiliza produção

DA SUCURSAL DO RIO

Mesmo sem ainda ter fechado as cotas de patrocínio do seriado "Táxi Brasil", orçado em R$ 2,5 milhões, a Rede Bandeirantes está apostando fundo em sua produção e exibição.
A emissora já começou, por exemplo, a veicular chamadas de 30 segundos anunciando o seriado, dentro de uma estratégia para atrair patrocinadores.
Além disso, definiu o horário das 22h30 das quintas-feiras para exibir o seriado, a partir de junho.
O apoio do banco BRJ/SA é visto também como uma das garantias para o sucesso do projeto. O banco pretende alavancar boa parte dos recursos necessários com a venda de certificados de investimento audiovisual.
Criados pela Lei do Audiovisual, os certificados estão sendo comercializados pelo banco e garantem aos compradores deduções no imposto de renda.
A dedução prevista está limitada a 3% do imposto de renda devido pelas pessoas físicas e a 1% do imposto devido pelas empresas.
As empresas tributadas com base no lucro real poderão também abater o total dos investimentos como despesa operacional. "Esses certificados são uma grande novidade", disse o diretor da produtora Nadia Filmes, Marcelo França.
Os compradores também aparecerão nos créditos como co-produtores e, dependendo de seu produto, terão direito a merchandising (exibição do produto em meio a uma cena do seriado, como se fizesse parte da história).
Neste sentido, França afirmou estar conversando "seriamente" com três distribuidoras de petróleo e duas montadoras de carro. Como o seriado é centrado num motorista de táxi, essas empresas teriam a oportunidade de aparecer com suas marcas em inúmeras situações.
"Estamos atrás de grandes patrocinadores", disse França. Outra forma de atrair patrocinadores é a utilização de incentivos fiscais como os da Lei Rouanet.
Neste caso, os investidores terão sua razão social e/ou logomarca veiculadas nos créditos do final do programa.

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