São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Empresário investe R$ 1 mi
AURELIANO BIANCARELLI
É uma espécie de oásis na monotonia dos canaviais e na aridez da região. Dos 47 chalés planejados, 12 já estão prontos. "Quero hospedar o presidente Mandela", diz Uchôa. "A cidade tem futuro. Se muitas cidades européias vivem de sua história, por que Palmares não pode viver de Zumbi?" Por enquanto, o hotel vem hospedando turistas que chegam para as vaquejadas e em visita à casa do poeta Jorge de Lima, que nasceu na cidade. Sebastião Alves Ferreira, 45, é um dos poucos comerciantes negros de União. "Construí minha casa com a janela voltada para a serra da Barriga", diz. "Quando acordo, olho para o lugar onde viveram meus libertadores." Ferreira diz que as autoridades abandonaram a cidade. Na antiga rua do Consome Homem —hoje rua do Cruzeiro— as mulheres ainda não sabem que a cidade prepara uma festa. Nem acreditam que alguma coisa mudará na vida delas. "Nem camisinhas temos mais", diz Roseli, 17. (AB) Texto Anterior: Guerreiro tinha mulher branca Próximo Texto: Após séculos, miséria persiste Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |