São Paulo, domingo, 19 de fevereiro de 1995 |
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Estágio aumenta chances de contratação
LUÍS PEREZ
No CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), instituição especializada em cadastrar e encaminhar candidatos, existem 295 mil estudantes em todo o Brasil esperando uma oportunidade. "Conforme o curso, a possibilidade é difícil. Não conseguimos estágio para todos os que nos procuram", afirma Leonel Ramos de Oliveira, 63, vice-presidente do CIEE. O índice de efetivação (contratação após conclusão do estágio) é de 42% na instituição. O número de pedidos, na maioria das vezes, é superior ao de vagas. Do curso de direito, por exemplo, procuraram o CIEE no ano passado 4.823 estudantes. Só apareceram 542 oportunidades. Há também casos em que acontece o inverso. Processamento de dados teve 855 pessoas cadastradas para 899 vagas de estágio. "A lei que rege o estágio na empresa diz que é uma oportunidade para colocar em prática a teoria da escola", diz Sonia Alves, 35, gerente da Central de Estágios. Ela discorda da idéia que grande parte das empresas use estagiários como mão-de-obra barata. O estágio não estabelece vínculo empregatício. A remuneração, por exemplo, não é o salário, mas a bolsa-auxílio, cujo valor mínimo varia entre R$ 125 (nível técnico) e R$ 165 (curso superior). "Nada pode ser descontado da bolsa", alerta a gerente. "O objetivo da bolsa é auxiliar no pagamento da mensalidade e do material escolar, além de alimentação e transporte. O estudante não deve tapar buraco de outro funcionário nem fazer serviço de office-boy ou recepcionista." O estágio dura de seis meses a dois anos. A Central de Estágios tem 50 mil estudantes e 300 empresas cadastradas. Há atualmente 250 vagas abertas e 1.000 estagiários atuando. Cerca de 30 cursos de graduação exigem o estágio para a concessão do diploma. Texto Anterior: Vitae seleciona projetos latino-americanos Próximo Texto: O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE O ESTÁGIO Índice |
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